imunização

Santa Maria terá dia D para vacinação de rotina em crianças e adultos

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Começa nesta sexta-feira a campanha nacional de multivacinação de crianças e adolescentes menores de 15 anos. A estratégia tem por objetivo colocar em dia doses que estejam em atraso. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), a pandemia de Covid-19 acentuou em 2020 a queda na procura por essas vacinas de rotina. Isso abre uma maior possibilidade de que algumas doenças consideradas erradicadas possam voltar a circular ou aquelas que vinham com baixos índices aumentem. Em especial pelo momento atual, de gradativa retomada das atividades e retorno desse público às escolas.

Na tarde desta quinta-feira, o secretário municipal de Saúde, Gulherme Ribas, falou da preocupação sobre a multivacinação. Ele antecipou que a cidade terá um dia D para vacinas de rotina, no dia 16 de outubro. Porém, antes da data, as salas de vacinação em unidades de saúde terão as vacinas disponíveis e os pais podem levar os filhos para colocar em dia as doses faltantes. Os detalhes do Dia D serão anunciados pela prefeitura nos próximos dias. 

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Em alerta a todo Estado, a secretária de Saúde, Arita Bergmann, fez um apelo: 

- Os pais precisam ser cuidadosos e voltar aos postos para colocar em dia a carteira de vacinação dos filhos. Além disso, as mulheres devem retomar, assim que possível, os cuidados com a saúde, fazendo a mamografia e o preventivo de colo.

Vacina que as crianças tomam de 0 a 7 anos de idade:

  • BCG
  • Hepatite B
  • Penta
  • Polio inativada
  • Polio Oral
  • Rotavírus
  • Pneumocócica 10-Valente
  • Meningocócica C
  • Febre amarela
  • Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)
  • Tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela)
  • DTP
  • Hepatite A
  • Varicela

Vacinas da criança e adolescente a partir de 7 anos:

  • Hepatite B
  • Febre Amarela
  • Tríplice Viral
  • Difteria e tétano adulto
  • Meningocócica ACWY
  • HPV quadrivalente
  • Varicela
  • dTpa (tríplice bacteriana)

PREOCUPAÇÃO

Uma das ameaças é a volta da pólio (ou poliomielite), também conhecida como paralisia infantil, doença causada por um vírus que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes contaminadas ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes. O último caso de poliomielite registrado nas Américas ocorreu no Peru em 1991 e o continente americano recebeu o Certificado de Eliminação do Poliovírus Selvagem em 1994. No Brasil, o último caso confirmado ocorreu na Paraíba em 1989 e no RS em 1983, em Santa Maria.

Contudo, apesar de o país estar há quase 30 anos sem casos confirmados, o risco de reintrodução da doença existe, pois o vírus permanece circulando em dois países no mundo: Paquistão e Afeganistão. Assim, o Brasil se mantém atento ao risco de importação de casos da doença. A maneira mais efetiva de manter o país sem casos de poliomielite é a vacinação. Como o país e o RS não estão alcançando as metas de coberturas vacinais há cinco anos, existe possibilidade de formação de bolsões de suscetíveis e, com isso, o alto risco de reintrodução da doença.

A campanha de multivacinação tem previsão de ir até 29 de outubro. O Estado pede que os municípios abram os postos de vacinação neste sábado. Em Santa Maria, no dia 16. 

Ao todo, o calendário de vacinação prevê 14 tipos de vacinas até os sete anos de idade e outras oito até os 15 anos, fora as imunizações que ocorrem em campanhas específicas, como a da gripe e da covid-19. Mais de dois milhões de pessoas no Estado fazem parte desse grupo de menores de 15 anos.

A QUEDA NOS ÍNDICES
A chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Tani Ranieri, explica algumas das razões da queda nos índices que o Rio Grande do Sul e o Brasil registraram nos últimos anos:

- Na medida em que as doenças passam a não circular mais, justamente porque se mantiveram elevadas coberturas vacinais, principalmente a partir dos anos 2000, muitas doenças tornaram-se desconhecidas, fazendo com que algumas pessoas não tenham noção do perigo representado por elas.

Tani ainda destaca que houve ainda um agravamento desse quadro em virtude da pandemia de Covid-19 e que o atual momento enfrentado reforça ainda mais a importância em ter a vacinação em dia.

- Com o retorno gradativo à rotina, as crianças estão voltando a frequentar as escolinhas e as doenças podem reaparecer também, já que os vírus podem circular novamente em função das baixas coberturas vacinais desse público - explica.

Índices baixos de vacinação aumentam os riscos para doenças imunopreveníveis, como coqueluche, poliomielite, sarampo, caxumba, rubéola, varicela, meningite meningocócica e pneumocócica, gastroenterite por rotavírus, hepatites A e B, entre outras.

Considerando dez das vacinas previstas até o primeiro ano de idade, em nenhuma delas foi alcançada a meta de vacinação de atingir ao menos 95% do público da idade preconizada nos últimos quatro anos, sendo que nenhuma ficou acima dos 90% em 2020. Os dados de 2021 ainda são parciais, pois essas vacinas de rotina têm um prazo de até seis meses para o município registrar as aplicações no sistema do Programa Nacional de Imunizações.

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